Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

Mais algumas notícias em jornais e rádios da região...

                               

 

Livro sobre o impacto dos cristãos novos na aldeia de Carção

"Carção - Capital do Marranismo" é o nome da obra escrita por António Júlio Andrade e Maria Fernanda Guimarães, uma obra que resulta do trabalho de investigação feito pelo duo”.

O trabalho teve grande influência dos marranos na aldeia de Carção, em Vimioso e baseou-se, em parte, na leitura de processos instaurados pela Inquisção aos cristãos novos daquela localidade.
António Júlio Andrade, um dos autores, explica porque a ladeia de Carção se pode denominar a capital do marranismo e explica quem era os marranos. O autor aproveita para deixar um apelo: Trás-os-Montes deve seguir o exemplo de outras localidades e aproveitar o rico património judaíco, que existe, e criar uma Rota do Judeu.

Ver/ouvir em: http://radioclube.clix.pt/programacao/radios_locais/body.aspx?id=11920

 

 

 

 


 

    

 

 

Carção na Rota do Turismo Judaico

Um das mais importantes comunidades judaicas de Trás-os-Montes deixou as suas raízes em Carção. O património espalhado pela aldeia tem potencialidade para integrar a rota do turismo judeu e assim atrair pessoas e desenvolvimento para a pequena aldeia do concelho de Vinhais. “Carção – A Capital do Marranismo”, o livro de António Júlio Fernandes e Maria Fernanda Guimarães foi mais um passo para dar conhecer a influência que os marranos tiveram na história de Carção.

A obra resulta da investigação de 50 dos 250 processos da Torre do Tombo instaurados pela Inquisição aos judeus daquela localidade. Os marranos são cristãos novos, que por força da inquisição foram obrigados a converter-se ao cristianismo, mantendo – se em segredo fieis à sua religião. A fogueira da Inquisição sacrificou 18 pessoas de daquela aldeia, sendo que mais de 200 foram presos.
“A aldeia foi autenticamente massacrada e por isso merece ser a capital do marranismo” frisou António Júlio Fernandes, um dos autores. “Apesar de muitas terras terem sofrido com a inquisição, Carção foi uma das mais massacradas em proporção do número de habitantes e a capacidade que estas pessoas tiveram de resistir das formas mais estranhas que há.”
O autor deixou ainda o apelo às autoridades locais para tirem partido do vasto património judaico da região para atrair turistas, citando dois exemplos nacionais. “Na década de 80 só houve duas localidades que aumentaram de população no interior do pais. Belmonte e castelo de vide, porque investiram no turismo judeu. Os transmontanos têm uma herança em termos de património judeu, mil vezes superior à de Castelo de Vide e Belmonte. Nunca fomos capazes de tirar proveito disso.”

 

“Um pedacinho de reino maravilhoso”

“Carção, um pedacinho de Reino Maravilhoso” compila as vivências da adolescência em Carção da autora, Sofia Jerónimo.
“É um pequenos historial da vida dos Carçonenses a partir dos anos 60 e 70. A vida era muito diferente, muito trabalhosa, com as duas classes separadas, dois grupos antagónicos”. De acordo com Sofia Jerónimo, lavradores e judeus dividiam a aldeia, duas classes que tinham mentalidades de costumes completamente diferentes. Enquanto que as mulheres dos judeus se ocupavam das lides domésticas, as esposas dos lavradores ajudam-nos no campo. Os filhos dos lavradores tinham por destino seguir o ofício dos pais. Já os judeus procuravam proporcionar a melhor formação aos descendentes.
“O que registo no meu livro são vivências desse tempo que aos poucos com a emigração, com a migração e com os novos ventos da sociedade têm desaparecido. O objectivo é que as gerações vindouras conheçam a vida dos avós”, sublinhou a autora.
O livro que terá um segundo volume para retratar Carção na actualidade. Nas palavras da autora, a aldeia “está um pouco descaracterizada, mas tem outro conforto, com modos de vida diferentes, que proporcionam ás crianças uma cultura que não existia na altura”.

Por: S.R.

Ver em: http://www.o-informativo.com/content/view/1977/36/

 

 


 

  

 

Associação Cultural projecta Museu Etnográfico

 A preservação da cultura e identidade de Carção é o principal objectivo da Associação Cultural dos Almocreves de Carção. No seguimento deste princípio, em parceria com a CARAMIGO (Associação para Melhoramento de Carção), a Associação está a desenvolver o projecto de um Museu Etnográfico, para além da revista “Almocreve”, que já vai na sexta edição e da Feira de Artesanato que se realizou este ano pela segunda vez.
“A Associação tem como finalidade a recolha e preservação da cultura local através da revista Almocreve. Este foi o primeiro objectivo em 2002 aquando do surgimento. Desde então fomos evoluindo e hoje além da revista realizamos outras actividades”, revelou Paulo Lopes, presidente da colectividade.
Em 2007, a feira do Artesanato surgiu como complemento das Festas de Nossa Senhora das Graças, que contou com a presença de 10 artesãos da região. Este ano, a feira voltou a realizar-se com a presença de 14 expositores. “Em 2007 grande parte dos artesãos eram de fora, mas este ano já contámos com a presença de expositores da aldeia. Presente está também uma exposição de pequenos objectos de algumas das tecedeiras da aldeia” referir Paulo Lopes.
A repetição do certame visa despertar nos mais novos o gosto pelos ofícios para que estes não se percam. Como é o caso da tecelagem. Em Carção existem 12 tecedeiras, todas elas ainda em actividade, mas com mais de 60 anos e sem candidatos para dar continuidade ao ofício.
Em parceria com a CARAMIGO a Associação ambiciona agora a criação de um museu etnográfico, onde possam estar reunidos objectos do quotidiano Carçonense que contem a história da aldeia.
A Associação publicou ainda, no ano transacto um pequeno glossário sobre as palavras que hoje em dia estão em desuso. Já em 2008 recolheram letras dos cantares de antigamente junto da população mais idosa da aldeia.
Disponível on-line está o blog da revista Almocreve em www.almocreve.blogs.sapo.pt.

Por: S.R.

Ver em: http://www.o-informativo.com/content/view/1994/39/

 

publicado por almocreve às 01:48
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