A Força da Tradição….
Um costume inquebrável...
No dia 25 e 26 de Agosto (último Domingo), como é costume, celebrou-se a festa em Honra de Nossa Senhora das Graças com milhares de fiéis locais e visitantes. No dia 25 e Agosto a bonita procissão de Velas com missa campal no Largo das Fontes e no dia 26 a majestosa procissão pelas principais ruas da povoação, com o tradicional e secular costume de se colocarem oferendas nas fitas do andor da Virgem como dinheiro e outros objectos (fios, medalhas ou brincos em ouro) como forma de cumprimento de promessas feitas ao longo do ano.
São momentos únicos, cheios de fé e com muita intensidade sentida por todos os carçonenses.
Quanto à tradição é já muito antiga, não se sabendo quanto principiou. Contudo, esta manifestação de fé tem gerado muitas controvérsias ao longo dos anos por parte de alguns párocos da freguesia, que a condenam veemente. Dizem não estar de acordo com os dogmas da igreja, nada ter de fé, onde se põe em evidência o orgulho e vaidade. No entanto, para os carçonenses, esta é a uma forma como tantas outras de manifestarem a sua fé e vão preservando este costume secular ano após ano.
Ornamentação
Ornamentação da Igreja
Procissão de Velas
Procissão de Velas - Largo das Fontes
Retábulo-mor
Procissão no dia 26 de Agosto
O cumprimento das promessas...
Santa Teresinha
Nossa Senhora de Fátima
São Roque
Nossa Senhora do Rosário
Sagrado Coração de Jesus
Senhor dos Passos
Nossa Senhora das Graças - colocação de promessas no adro da igreja
Bairro da Igreja
Bairro da Igreja
Milhares de fiéis
Bairro de Cima
Paça
Bairro da Igreja
Bairro da Igreja
De Zé a 10 de Setembro de 2007 às 17:06
(cont.)
Acho lamentável que os autores do blog tenham seleccionado um conjunto de fotos que alimentam exactamente esta necessidade de ostentação.
Vou-me dedicar nos próximos 5 minutos a contar as notas que estas nas fitas das várias fotografias.
Isto é ridiculo e asqueroso.
É lamentável que no séc. XXI ainda aconteçam coisas destas.
De
almocreve a 12 de Setembro de 2007 às 01:09
Prezado Zé!
Aceito que não concorde com esta manifestação de Fé e que até o incomode. Contudo, como já foi referido, penso que se poderia manifestar de outra forma, sem ofender seja quem for, pela prática desse acto.
Se ler com mais atenção o texto irá verificar que não é nossa intenção incutir seja o que for a não ser um debate sobre o assunto, pois tivemos o cuidado de referir que há pessoas que não concordam e outras acham que deve ser uma tradição a manter.
Quanto às fotografias inseridas, foi nosso propósito colocar estas, para dar lugar a um pequeno debate sobre o assunto. No entanto, penso não ser correcto de sua parte chamar as pessoas de ignorantes ou vaidosas por manifestarem a sua crença de forma tão exteriorizada.
No seu ponto de vista, acha que todas as pessoas que colocam o dinheiro nas varandas de suas casas, no adro da igreja ou muros das ruas, o fazem por vaidade ou exibição? Julgo que não.
No meu ponto de vista, penso que também deve ser uma tradição a manter desde que seja feita com fé.
Concordo consigo no ponto onde refere «…esbanjar com p… encoirachas» ou seja, essas ofertas uma vez que têm um sentimento muito especial por parte da população, penso que não deveria ser utilizado para fins profanos, mas apenas para a igreja.
De Zé a 12 de Setembro de 2007 às 10:33
O argumento da Fé não me convence... Eu entendo as promessas como uma "paga" /resposta / agradecimento humano a uma graça divina. Não entendo porque esse agradecimento não deve ser feito duma forma recatada. Tal como eu também não gostaria que o meu patrão me viesse dar pagar o ordenado no café à frente de toda a gente, também julgo que Nossa Senhora não gostará de todo este alarido (salvo as devidas diferenças).
Sejamos justos e sérios, alguém acredita que a motivação maior de tudo isto não é a ostentação e a vaidade.
Uma fé esclarecida e verdadeira não permite atitudes destas. Uma fé esclarecida condena a ostentação, o orgulho a vaidade.
"Palavras do pregador, filho de David, rei em Jerusalém: Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades, É tudo vaidade.." Eclesiastes 1:1 e 2.
Vaidade: "Qualidade do que é vão, instavél, ou de pouca duração. Desejo imoderado e infundado de merecer a admiração dos outros. Vanglória, ostentação, futilidade." Dos Dicionários
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